Alagoas tem 250 academias clandestinas, segundo Conselho de Educação Física
Conteúdo publicado por Divulgação em: 24/08/2013 às 11:13h.
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Com TribunaHoje

Entidade notificou estabelecimentos e pede ajuda do Ministério Público para interdição

[singlepic id=14299 w=400 h=340 float=left]O número crescente de academias de musculação clandestinas, em Maceió, acendeu a luz amarela do Conselho Regional de Educação Física (CREF) em Alagoas, que pediu o apoio do Ministério Público (MP) para investigar a situação.

Conforme levantamento do CREF, uma média de 250 academias clandestinas abriu as portas em Maceió nos últimos meses, número superior ao de cadastrados no Conselho, que é de 150. Isso significa dizer que elas não devem contar com profissional formado em educação física para acompanhar os alunos. A informação é do presidente do CREF, Stanley Magalhães.

“As academias clandestinas têm dado trabalho ao Conselho, pois notificamos, porém não temos o poder de interditar. Por isto, acionamos o Ministério Público para que possa investigar e assim acabar com essa situação”, pontuou.

Para a funcionária pública Giedete Pereira, que faz musculação há alguns meses, a escolha da academia, bem como dos profissionais que nela atuam, é fundamental para que não ocorram problemas com a saúde.

“Tive a preocupação de perguntar se a academia que ia malhar tinha registro e se contava com profissionais formados para atuar”, enfatizou. “Não quero prejudicar a minha saúde por conta de uma negligência. Qualquer esforço errado pode ser fatal e até levar a uma cadeira de roda”, conscientizou.

“Todos devem estar mais prudentes quanto à escolha de uma boa academia, já fui a muitas, mas sempre verifico se está tudo certo”, emendou.

Alisson Carneiro, estudante, comunga da opinião da colega de malhação acerca do acompanhamento de um profissional para realizar exercícios regulares.

4 mil

Profissionais de educação física não têm registro

De seis mil profissionais de educação física em Alagoas, apenas 1.800 possuem o registro para atuar na área, é o que afirma o presidente do Conselho Regional de Educação Física em Alagoas, Stanley Magalhães.

Segundo ele, quatro mil profissionais não têm registro para atuar na área, isto é, ainda não procuraram o Conselho para regularizar a situação.

De acordo com o agente de fiscalização do Conselho, Antônio Neto, diariamente são feitas rondas no sentido de identificar academias que são abertas clandestinamente, sem o alvará sanitário emitido pela Vigilância Sanitária.

[singlepic id=14300 w=478 h=354 float=right]Segundo o agente de fiscalização, se engana quem pensa que apenas em bairros da periferia existem academias clandestinas. “Muitas vezes aquelas de alto padrão também acabam cometendo os mesmos erros que aquela que não tem condições de pagar impostos e funcionários”, observou.

Com a intenção de pedir apoio nesta fiscalização, o Conselho entrou com uma representação no Ministério Público Estadual. Uma audiência está marcada para acontecer no próximo dia 13 de setembro para ouvir o presidente do Conselho e, posteriormente, ajustar ações para que os proprietários de estabelecimentos clandestinos sejam intimados a regularizar a situação, caso contrário, as academias fechadas.

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