Qualificação profissional de peritos criminais de Alagoas permite economia para os cofres públicos
Dinheiro poderá ser revertido para aquisição de novos equipamentos e insumos para o laboratório forense
Conteúdo publicado por Divulgação em: 23/11/2017 às 9:22h.
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O Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas conseguiu evitar o prejuízo de R$ 140 mil reais aos cofres públicos nos últimos doze meses. O resultado positivo se deve ao treinamento realizado pelos peritos criminais alagoanos Ken Ichi Namba e Gerard de Oliveira Deokaran em manutenção avançada do cromatógrafo gasoso acoplado ao espectrômetro de massas (GC/MS).

O treinamento foi realizado no Laboratório de Química Forense da Superintendência da Polícia Federal em Maceió, após convite do perito criminal federal Alexsandro Mangueira. Durante quatro dias os peritos estaduais acompanharam e receberam instruções do perito criminal federal Dr. Maurício L. Vieira, que possui alta qualificação, e é docente em instrumentação analítica do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.

Ken e Gerard explicaram que os GC/MS, essenciais para a identificação de drogas de abuso e outras substâncias químicas envolvidas em delitos, necessitam de manutenção periódica para garantir a qualidade das análises e para terem uma maior vida útil. Com este treinamento, os dois peritos, estão aptos para realizar o procedimento que permitirá análises mais eficientes e mais rápidas, além de evitar possíveis danos aos equipamentos, e de possibilitar maior longevidade a outras peças que precisam ser trocadas com o decorrer do tempo.

Segundo o perito Ken, o equipamento mais antigo do laboratório já apresentava sinais de comprometimento da eficiência, sendo necessário contratar o serviço de manutenção ao custo estimado de R$70.000,00 para cada equipamento. A manutenção do primeiro equipamento realizada pelos peritos criminais está em seus ajustes finais e as próximas análises já estão programadas para a próxima semana.

Em breve, o outro cromatógrafo passará pelo mesmo procedimento e a cada ano este tipo de manutenção será realizada pelos próprios peritos nos dois cromatógrafos, totalizando uma economia anual de R$140.000 para o Estado. Com essa economia, o dinheiro pode ser revertido para aquisição de novos equipamentos e insumos“, afirmou o farmacêutico Ken.

Hoje o laboratório de química e toxicologia forense do IC possui apenas dois peritos com formação específica, um farmacêutico e um químico. Para conseguir dar respostas em tempo adequado seria necessária a contratação de pelo menos quatro peritos que além de atenderem à demanda por exames, poderiam realizar procedimentos de manutenção sem necessidade de contratação externa do serviço.