Projeto ‘Drogas Não’ vai trabalhar a dependência química em bairros, escolas e comunidades de Arapiraca
Agentes multiplicadores foram capacitados neste último final de semana; eles serão voluntários
Conteúdo publicado por Divulgação em: 24/04/2017 às 21:35h.
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Enquanto alguns descansavam durante o feriado e final de semana, um grupo de agentes multiplicadores do projeto ‘Drogras Não’ estiveram reunidos no auditório do Centro Integrado de Referência de Arapiraca (Cria), onde participaram de uma capacitação para trabalhar voluntariamente com a codependência, pós-tratamento e prevenção em bairros, escolas e comunidades do município de Arapiraca.

Codependência é um termo da área de saúde usado para se referir a pessoas fortemente ligadas emocionalmente a uma pessoa com séria dependência física e/ou psicológica de uma substância, como álcool ou drogas ilícitas, ou com um comportamento problemático e destrutivo.

O técnico em dependência química de Palmeira dos Índios, Moab Ribeiro, 40 anos, explicou que a codependência é tão importante, ou mais, que tratar o usuário em si. “Os familiares se tornam tão doentes quanto o dependente químico e, muitas vezes, a atitude da família quando o usuário volta para casa, pode levá-lo a uma recaída”.

A estudante de auxiliar de enfermagem e gestão hospitalar, Andressa Karolina, 17 anos, foi uma das jovens que participou da capacitação. “Na minha família nós temos um dependente químico e já sofremos muito por isso, então me interessei nesse projeto porque quero entender melhor para ajudar pessoas que venham a se envolver com drogas e, principalmente, prevenir e alertar o quanto é prejudicial”, justificou Karolina.

“Vou multiplicar esse conhecimento passando para os meus familiares e amigos, pois sei como é ruim ter na família um caso como esse”, reconheceu a jovem que, mesmo tão nova, se mostra consciente.

O coordenador do projeto é o Charles Farias e trabalha há 17 anos com dependentes químicos. Ele, que é de Girau do Ponciano, explicou que o projeto tem apenas quatro meses e conta com o apoio de psicólogos, técnicos de enfermagem, psiquiatras de Alagoas, Sergipe e Pernambuco, além do Ministério Público.

“Hoje a dependência química é um problema de saúde pública, não escolhe cor, raça ou classe social, então estamos aqui com esse trabalho para levar ao conhecimento das famílias, levar este assunto às escolas, enfim, é um tema que precisa ser amplamente divulgado”, afirmou Charles Farias.

O I curso de capacitação e acolhimento terapêutico em dependência química, que aconteceu entre quinta-feira (20) e sábado (22), teve como palestrantes o professor, psicólogo e doutor em psicologia Social, Danilo Della Justina, que falou sobre processo adictivo; a também psicóloga e doutora em psicologia social palestrou a respeito da codependência familiar; e o psicanalista Venícios Gomes Galvão abordou o tema benefícios emocionais da espiritualidade.

O administrador, terapeuta em dependência química, escritor e presidente do Instituto Drogas Nunca, Jefferson Goes, ministrou palestras sobre abordagens psicológicas e suas contribuições no ambiente terapêutico.

A programação foi finalizada pelo psicólogo e coordenador da Secretaria de Prevenção Social à Violência (Seprev), Júnior Amaranto, que falou sobre o Centro de Acolhimento. 

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