Aluna de Comunicação da Ufal conquista 3 medalhas na Irlanda do Norte
Conteúdo publicado por Divulgação em: 23/08/2013 às 19:14h.
Compartilhe com mais pessoas

Com Gazetaweb

Simone Lima é concluinte do curso de Relações Públicas e inspetora da Guarda Municipal, tendo conquistado medalhas de ouro, prata e bronze

[singlepic id=14287 w=640 h=480 float=center]Sagrar-se vitoriosa em competições e colecionar medalhas tornou-se rotina na vida da alagoana Simone Lima. São 87 medalhas conquistadas em apenas quatro anos como velocista em eventos locais, nacionais e internacionais. E a mais recente vitória da campeã foi em Belfast, na Irlanda do Norte, onde abocanhou a medalha de ouro nos 200 metros rasos no conhecido “Wold Police & Fire Games”, competição de Segurança Pública que reuniu mais de 12 mil atletas de 80 países, com 87 modalidades em disputa.

A competição ocorreu de 31 julho a 11 de agosto, e Simone também trouxe para Alagoas as medalhas de prata e bronze conquistadas, respectivamente, nos 400m e 100 metros rasos de corrida. Em 2011, na “Wold Police & Fire Games”, realizada em New York, a atleta alagoana ganhou três medalhas de prata, nas modalidades 200 metros rasos, revezamento 4×100 e 4×400, respectivamente.

A velocista Simone Lima é concluinte do curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas e comandante do Grupamento de Apoio e Ação Operacional (GAAO), da Prefeitura de Maceió, onde integra há 22 anos o quadro de recursos humanos da Guarda Municipal. Para a competição internacional, Simone recebeu patrocínio do município e da Secretaria de Planejamento do Estado.

Simone Lima, por sua vez, diz que tantas conquistas são fruto de muita determinação e preparo físico, enfatizando, porém, que nunca imaginou ser atleta e campeã, apesar de, ainda criança, ter recebido do pai estímulo para gostar de esporte. “Eu e minha irmã íamos acompanhá-lo na orla de Maceió em sua atividade física, então conhecida como cooper. Daí, cresci com esse estímulo, valorizando o esporte e claro, a saúde”, avaliou a atleta.

[singlepic id=14288 w=320 h=240 float=right]Simone relembra com carinho o estímulo também recebido de professor do Colégio Deraldo Campos, quando integrou a equipe de voleibol treinada por ele. Contudo, o casamento, aos 16 anos de idade, bem como as responsabilidades inerentes à tão precoce mudança de vida, impossibilitaram-na de, mesmo no colégio, participar de qualquer equipe desportiva. “Fui mãe adolescente e mal dava tempo para eu dar conta da escola. Na verdade, sempre tive um desafio, que era conquistar o nível superior”, diz a atleta.

“Posteriormente, fui convidada para a competição nacional, realizada no Rio de Janeiro, onde bati o recorde brasileiro e ganhei a medalha de ouro. De lá para cá, sempre que possível, participo de competições locais, nacionais e internacionais”, emendou Simone, já de olho na competição de Segurança Pública em Montreal, em 2015.

Ninho vazio

Atualmente com 51 anos de idade, Simone Lima ficou viúva aos 42 anos. Ela tem uma filha de 33 anos que é turismóloga e um filho de 32 anos, que foi da Seleção Alagoana de Voleibol. Segundo ela, foi exatamente a esperada fase de maturidade dos filhos a maior motivação para a prática de esporte.

“O despertar, na verdade, para a prática esportiva surgiu a partir de uma reportagem que vi sobre “ninho vazio”, assim denominado pela Psicologia, quando os filhos deixam a casa dos pais para seguir a vida. Esse corte mexe muito com o emocional de mãe e pai e, no meu caso, não esperei chegar esta hora. Antes que acontecesse, fui fazer o que mais gostava, que era praticar esporte, porém, sem planos de me tornar profissional”, detalhou Simone.

Vontade de vencer

Simone também afirma considerar como fundamentais, para qualquer competidor, aspectos como disciplina e dedicação, além de uma boa alimentação, todos presentes em seu treinamento, dividido entre explosão e força e corrida, respectivamente, em academia e na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão, no Village Campestre. O acompanhamento técnico da Simone é feito pelo professor de educação física Daniel Costa, também presidente da Associação Alagoana Master de Atletismo de Alagoas.

E apesar de valorizar o apoio que recebe, Simone destaca que muitos são os obstáculos e dificuldades, que vão desde a patrocínio a ausência de espaços adequados para treinamento. “Em outros países, existem as pistas de borracha para a prática. Vê-se, nestes países, o quanto se investe no esporte”, comparou a atleta.

TCC

E como não poderia ser diferente, não é difícil imaginar do que tratou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Simone Lima, apresentado uma semana antes da competição na Irlanda do Norte: “O esporte como ferramenta institucional”, que teve a orientação do professor Wagner Ribeiro, com Edna Cunha e Ricardo Moresi como integrantes da mesa examinadora.

Tags: