Os delegados Renivaldo Batista da delegacia de Piaçabuçu e Rubem Natário da regional de Penedo, irão escutar na manhã desta terça-feira (15), o prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Moreira Santana Júnior, que na última semana teve o seu carro crivado de balas, o que está sendo cogitado pela polícia como um atentado.
A investigação do possível atentado está sob a responsabilidade do delegado de Piaçabuçu, Renivaldo Batista, que terá o apoio investigativo da regional de Penedo com o delegado Rubem Natário.
De acordo com as primeiras informações, o prefeito Dalmo Santana iria ser escutado na delegacia de Piaçabuçi, cidade na qual é prefeito. No entanto, para evitar qualquer tipo de movimentação ou fatos inesperados, uma vez que, o atentado aconteceu na própria cidade, o depoimento seria feito na regional de Penedo.
Após o atentado o prefeito afirmou que não tinha a quem atribuir o atentado, uma vez que não teria inimigos, descartando assim um assalto e reforço o pedido de segurança particular, tanto ao governador do Estado, Teotônio Vilela Filho, quanto ao Conselho Estadual de Segurança (Conseg).
O pedido do prefeito ainda não teve resposta, mas independente disso, a investigação continua para identificar os criminosos que crivaram de balas o carro do prefeito na zona rural de Piaçabuçu na última semana.
VÍTIMA E ACUSADO
Se neste caso do atentado o prefeito Dalmo Santana é considerado a vítima, em outra situação é apontado como acusado. Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) receberam, à unanimidade de votos, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), em que o prefeito de Piaçabuçu é acusado de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
A delação se refere ao dia 1º de outubro de 2010, quando uma equipe de policiais federais, durante o pleito eleitoral, executava barreira policial, em Piaçabuçu, com a finalidade de apreensão de armas de fogo portadas de maneira ilegal.
Durante a operação, uma camionete Toyota Hilux foi abordada e o passageiro identificou-se como o prefeito da cidade. O acusado, quando questionado, informou que não possuía nenhuma arma de fogo no momento.
Ao ser realizada uma busca, foi encontrada, no porta-objetos, uma pistola, modelo PT 58 SS, calibre 380, com carregador e nove munições intactas e não deflagradas. No momento, o denunciado requereu que tal conduta fosse relevada.
O Ministério Público registrou que a perícia constatou que a arma de fogo apreendida estava apta a efetuar disparos e encontrava-se cadastrada em nome de uma terceira pessoa.
Em sua defesa, o réu alegou o porte como legítima defesa para poder garantir sua segurança e proteção pessoal. Sustentando que a região onde exerce seu mandato, desde 2008, está localizada em reduto político da família Beltrão e que o último pleito, disputado com Djalma Beltrão, foi marcado por intimidações, ofensas e ameaças.
Divulgada no Diário de Justiça Eletrônico da última segunda-feira (14), a decisão foi relatada pelo desembargador Otávio Leão Praxedes, presidente da Câmara Criminal do TJ/AL.
Fonte/Fotos: Cada Minuto