Começa a caça a JHC na Assembleia
Conteúdo publicado por Divulgação em: 02/12/2011 às 9:46h.
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[singlepic id=1125 w=320 h=240 float=left]A vingança já começou, nos corredores da Assembleia Legislativa, contra o deputado João Henrique Caldas  – JHC -, que denunciou o pagamento – ilegal, segundo afirma – da Gratificação por Dedicação Excepcional (o nome impressiona, não é não?).

O presidente da Casa de Tavares Bastos, Fernando Toledo, afirma, agora, que os servidores que estão lotados no gabinete de JHC recebiam a GDE a pedido do próprio parlamentar.

Se assim foi (?), ele foi ardiloso, frio, calculista – um perigo!

Por quê?

Ele não deixou que os funcionários recebessem o mimo. Motivo: o dinheiro depositado não constava no contracheque dos servidores.

Acumulou R$ 650 mil e depositou o dinheiro na Conta Única do Estado.

Ele teria, então, tramado a denúncia no início do ano?

Bem o impossível acontece na política. Mas a afirmativa de Toledo não parece verossímil.

O que mais parece? Desqualifica-se a denúncia desqualificando o denunciante.

As perguntas postas por JHC no ofício a Toledo precisam de respostas e não de resmungos. É um deputado denunciando a própria Casa.

Os valores totais são impressionantes: R$ 70 milhões só com o pagamento da GDE nos quatro anos da atual legislatura.

O movimento para abrir um processo por “quebra de decoro” contra JHC continua – na surdina.

O detalhe: nenhum dos parlamentares acusados de desviar R$ 302 milhões dos cofres públicos, ou, em outros casos, de assassinato, respondeu a este tipo de processo na Assembleia.

Caberia fazê-lo agora, por conta da denúncia de JHC?

Seria estúpido e, ao mesmo tempo, uma confissão de culpa.

Judson

O deputado Judson Cabral (PT), em contato telefônico, afirmou que nenhum dos servidores lotados em seu gabinete recebe a GDE.

Cabe à Assembleia, agora, publicar a relação dos aquinhoados com o mimo. Mais ainda: tornar públicos os gastos na Casa, que recebe mais de R$ 10 milhões todos os meses.

E não tem dinheiro para pagar o PCCS dos servidores efetivos. Será?

Vilela?

Um grupo de deputados estaduais já aponta o dedo do governador Teotonio Vilela Filho na nova crise instalada na Assembleia.

A denúncia de um novo rombo nos cofres da Casa teria sido tramada em conjunto com o Palácio, por causa da votação do Projeto de Lei Orçamentária.

Como o Natal já vem chegando, Papai Noel pode trazer respostas concretas sobre o que acontece nos subterrâneos da Assembleia.

Fonte: Tudo na Hora

Por Ricardo Mota