[singlepic id=1125 w=320 h=240 float=left]A vingança já começou, nos corredores da Assembleia Legislativa, contra o deputado João Henrique Caldas – JHC -, que denunciou o pagamento – ilegal, segundo afirma – da Gratificação por Dedicação Excepcional (o nome impressiona, não é não?).
O presidente da Casa de Tavares Bastos, Fernando Toledo, afirma, agora, que os servidores que estão lotados no gabinete de JHC recebiam a GDE a pedido do próprio parlamentar.
Se assim foi (?), ele foi ardiloso, frio, calculista – um perigo!
Por quê?
Ele não deixou que os funcionários recebessem o mimo. Motivo: o dinheiro depositado não constava no contracheque dos servidores.
Acumulou R$ 650 mil e depositou o dinheiro na Conta Única do Estado.
Ele teria, então, tramado a denúncia no início do ano?
Bem o impossível acontece na política. Mas a afirmativa de Toledo não parece verossímil.
O que mais parece? Desqualifica-se a denúncia desqualificando o denunciante.
As perguntas postas por JHC no ofício a Toledo precisam de respostas e não de resmungos. É um deputado denunciando a própria Casa.
Os valores totais são impressionantes: R$ 70 milhões só com o pagamento da GDE nos quatro anos da atual legislatura.
O movimento para abrir um processo por “quebra de decoro” contra JHC continua – na surdina.
O detalhe: nenhum dos parlamentares acusados de desviar R$ 302 milhões dos cofres públicos, ou, em outros casos, de assassinato, respondeu a este tipo de processo na Assembleia.
Caberia fazê-lo agora, por conta da denúncia de JHC?
Seria estúpido e, ao mesmo tempo, uma confissão de culpa.
Judson
O deputado Judson Cabral (PT), em contato telefônico, afirmou que nenhum dos servidores lotados em seu gabinete recebe a GDE.
Cabe à Assembleia, agora, publicar a relação dos aquinhoados com o mimo. Mais ainda: tornar públicos os gastos na Casa, que recebe mais de R$ 10 milhões todos os meses.
E não tem dinheiro para pagar o PCCS dos servidores efetivos. Será?
Vilela?
Um grupo de deputados estaduais já aponta o dedo do governador Teotonio Vilela Filho na nova crise instalada na Assembleia.
A denúncia de um novo rombo nos cofres da Casa teria sido tramada em conjunto com o Palácio, por causa da votação do Projeto de Lei Orçamentária.
Como o Natal já vem chegando, Papai Noel pode trazer respostas concretas sobre o que acontece nos subterrâneos da Assembleia.
Fonte: Tudo na Hora
Por Ricardo Mota