Cresce número de abandonados no Hospital Geral
Conteúdo publicado por Divulgação em: 19/11/2011 às 12:05h.
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O idoso é um drama: a família desapareceu e ele não tem para onde ir. O fato vem se tornando cada vez mais comum no Hospital Geral do Estado (HGE), conforme denúncia feita pelo Departamento de Serviço Social do maior hospital público do Estado.

São pessoas levadas pelos familiares e que não deixam qualquer contato, abandonando os pacientes à própria sorte. Outro caso comum é de pessoas socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e que a família é procurada e nunca vai, sequer, visitar a vítima.

“A maioria desses pacientes é idosa e que a família não quer mais em casa, deixando no hospital sem fazer qualquer visita. É uma situação muito triste, já que muitos querem voltar ao lar quando recebem alta. Mas infelizmente não podemos obrigar os parentes a levá-los. Ainda fazemos uma convocação pelos meios de comunicação, mas dificilmente temos repostas”, afirmou a coordenadora de Serviço Social do HGE, Tânia Teodósio.

O hospital ainda consegue manter os pacientes por algum tempo internados, mas devido à grande demanda da unidade de saúde e a falta de leitos, logo é preciso que o paciente deixe a unidade. Neste momento, a situação fica ainda mais complicada. “Procuramos vagas em abrigos públicos, mas dificilmente encontramos”, lamentou a coordenadora.

Tânia Teodósio ressalta que vem contando com a solidariedade de um lar mantido por frei José, que funciona no conjunto Village Campestre, no bairro do Tabuleiro do Martins. “É para lá que mandamos esses pacientes. Os próprios funcionários do HGE fazem campanhas para arrecadar donativos e ajudar na manutenção do abrigo”, contou.

Quando os pacientes não resistem às intervenções do tratamento  e acabam falecendo são sepultados em cemitérios públicos da periferia sem qualquer cerimônia. “É importante denunciar essa situação para que se crie abrigos para estas pessoas.ç Além disso, é importante sensibilizar as pessoas para que não abandonem seus parentes em um momento tão difícil”, ressaltou Tânia Teodósio.