[singlepic id=3202 w=320 h=240 float=left]O fim de mais de uma década de sofrimento, angústia e luta para que os culpados pela morte da mãe, Ceci Cunha, do pai, Juvenal Cunha, e outros dois parentes. É assim que define o advogado Rodrigo Cunha que, com o resultado do júri na madrugada desta quinta-feira (19), pode virar uma página dessa triste história da vida de sua família.
Foram três dias de expectativas até o veredicto final do juiz André Granja. Emocionado, Rodrigo Cunha celebrou a decisão que colocou na cadeia o ex-deputado Talvane Albuquerque – autor intelectual do crime – e seus assessores Jadielson Barbosa, José Alexandre (o Zé Piaba), Alécio Alves e Mendonça Medeiros.
“Em nenhum momento queríamos vingança pelos assassinatos. Amigos, familiares e toda sociedade pedia apenas que a justiça fosse feita. Justiça essa que se comportou de maneira imparcial, clara e objetiva no julgamento desses últimos dias”, colocou o filho de Ceci Cunha.
Para Rodrigo, o caso da mãe demonstra que ainda existe esperança para que outros crimes não fiquem na impunidade, manchando a imagem do Estado. “O caso da minha mãe demonstra que Alagoas ainda tem jeito. Os crimes que estão sem solução, que seguem com a autoria desconhecida, podem sim ter um rumo, dependendo da vontade da opinião pública, em conjunto com a pressão popular e de toda a imprensa”.
Ele agradeceu o trabalho dos advogados e do Ministério Público Federal que demonstraram empenho no julgamento, além da imprensa que durante todo esse tempo não deixou que a Chacina da Gruta, ocorrida em 16 de dezembro de 1998, caísse no esquecimento.
“A imprensa deu durante todo esse tempo visibilidade ao Caso Ceci Cunha, por isso tenho que agradecer. Também se não houve essa contribuição da população, o caso poderia estar no esquecimento. Foi o fim da impunidade”, agradeceu.
Para o advogado, o dia histórico serve de combustível para que as famílias que ainda velam seus mortos continuem acreditando na justiça. “Foram 13 anos de espera, mas finalmente podem viver mais tranqüilos sabendo que os acusados estão onde deveriam estar há muito tempo”, finalizou, antes de deixar o auditório do Fórum da Justiça Federal, no bairro da Serraria, em Maceió.
Fonte: Cada Minuto