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Cerca de mil pessoas estão acampadas em frente à Assembleia Legislativa desde ontem
Os cerca de mil trabalhadores rurais de diversos municípios alagoanos que estão acampados na Praça Dom Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa, no centro de Maceió, estão realizando uma caminhada, na manhã desta quarta-feira (23), com destino à Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). O objetivo é cobrar um posicionamento do governo em relação à entrega de casas destinadas aos integrantes dos movimentos sociais.
O grupo pretende permanecer acampado na capital até, pelo menos, a próxima sexta-feira (25). Até lá, outras caminhadas serão realizadas com o intuito de chamar a atenção para as reivindicações da categoria. Amanhã, o destino dos trabalhadores será o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
De acordo com o coordenador Estadual do MVT, Marco Antônio da Silva, o Marrom, os trabalhadores protestam contra as reintegrações de posse realizadas esse ano em Alagoas, além de cobrarem posicionamentos dos órgãos responsáveis pela reforma agrária no Estado.
Nessa terça-feira, o grupo de trabalhadores esteve reunido com integrantes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que pertence ao Ministério da Fazenda. Durante o encontro, ficou acertado que o órgão dará início a um levantamento, a partir do próximo dia 1º de novembro, para saber as terras pertencentes à União que atualmente estão ocupadas pelos sem-terra e avaliar a possibilidade de cedê-las aos ocupantes.
“Desde o início do ano, mais de dez ordens de despejo já foram cumpridas no Estado. Nós queremos a posse da terra e a concretização da reforma agrária”, diz Marrom.
Os trabalhadores rurais que estão acampados no Centro fazem parte dos Movimentos Via do Trabalho (MVT), Luta pela Terra (MLT), Unidos pela Terra (MUPT) e Nacional de Luta por Moradia (MNLM). Eles são de bairros de Maceió e dos municípios de Capela, Cajueiro, União, Branquinha, Maragogi, Porto Calvo, Novo Lino, Joaquim Gomes, Flexeiras e Rio Largo.