Após MP e Justiça pressionarem, cúpulas da PM e PC se instalam na cidade a partir desta 4ª e policiamento é reforçado
TNH1
A onda de violência na cidade do Pilar, região metropolitana de Maceió, fez o Ministério Publico Estadual (MPE) e a justiça alagoana cobrarem um plano de segurança especial para o município. Após horas de reunião nesta segunda-feira (11), as polícias Civil e Militar decidiram montar uma força-tarefa a partir desta semana. As medidas para conter a violência incluem a substituição do atual delegado da cidade, Renivaldo Batista.
Provisoriamente, as cúpulas da PM e da PC vão se instalar no município a partir da próxima quarta-feira (13), por tempo indeterminado. Os 53 inquéritos de crimes de assassinatos de 2013 que estavam paralisados terão as investigações retomadas esta semana, segundo a Polícia Civil, com ajuda da Delegacia de Homicídios e da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic).
Um delegado especial será designado para apurar as mortes de mãe e filha assassinadas dentro de um táxi, durante um tiroteio na semana passada. A Polícia Civil também fará uma panfletagem no município, pedindo para que a população contribua com informações através do Disk Denúncia 181.
Já a Polícia Militar informou que, desde sábado (9), reforçou o policiamento em Pilar com duas viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e duas da Força Nacional. Os militares vão mandar mais uma guarnição nesta terça-feira (12). A PM informou também que existe um projeto para a instalação de uma base comunitária na cidade no início de 2014.
“Estamos saindo esperançosos dessa reunião. Esperamos que as medidas prometidas sejam adotadas de imediato e surtam efeito. Não adianta mais ações paliativas. O planejamento de combate ao crime tem que acontecer de maneira que as polícias trabalhem de forma sistemática, sem freios”, disse o promotor Jorge Dória, da comarca de Pilar. “Se o Iraque é aqui, temos que nos unir para mudar esse quadro. Do contrário, adotaremos as providências cabíveis contra o Estado, a exemplo de ações civis públicas por obrigação de fazer e ações de responsabilização pelas omissões cometidas”.
“Nossa expectativa é otimista, queremos acreditar que o índice de violência em Pilar será diminuído. Entretanto, deixamos claro que não aceitaremos medidas que não sejam permanentes e efetivas”, completou o juiz Sandro Augusto Santos.
MP e Justiça querem transferência de presos para fora de Alagoas
O Ministério Público Estadual e a Justiça vão pedir a transferência de presos oriundos do Pilar, que estão no sistema penitenciário, para outros estados.
A Delegacia Geral da Polícia Civil e o Comando-Geral da Polícia Militar também participaram da reunião de hoje.